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Azhār al-Afkār fī Jawāhir al-Ahjār (O desabrochar das reflexões sobre pedras preciosas) é considerado o tratado mais completo e detalhado sobre as pedras e suas propriedades da Idade Média. 

O desabrochar das reflexões sobre as pedras preciosas

Os lapidários, ou tratados inteiramente dedicados à discussão sobre pedras preciosas e as suas características, podem ser atribuídos à Grécia antiga. 

Plínio, em sua Naturalis Historia (História natural), menciona pelo menos 20 autores como fontes do seu conhecimento sobre pedras ainda que, das obras citadas por ele, somente o tratado Sobre pedras de Teofrasto (por volta de 371-287 a.C.) tenha sobrevivido. 

O tratado de Teofrasto, juntamente com o pseudo-aristotélico De mineralibus (Sobre minerais) e as passagens sobre as pedras em obras de Galeno, Discórides, pseudo-Balinus, Al-Kindi, e Al-Farabi constituem as principais fontes da matéria discutida neste manuscrito. 

Pouco se sabe sobre o seu autor, Al-Tīfāšī (por volta de 1184–1253), além de suas origens argelinas e de que compilou uma antologia de versos árabes e anedotas de conteúdo sexual e erótico. 

Al-Tīfāšī discorre sobre 25 pedras, dedicando um capítulo para cada uma. Cada capítulo abre com uma discussão etimológica do nome da pedra, que é seguida por uma descrição dos fatores que causam a sua formação, a localização das principais minas em que ela foi encontrada e uma análise das suas principais propriedades físicas, incluindo a sua dureza. 

Ele, então, fornece uma lista de usos médicos e mágicos da pedra e discute o seu valor e preço no mercado, levando em conta diferentes graus de pureza e as propriedades óticas das pedras disponíveis para venda na sua época.
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